Jovem que perdeu a mão em frigorífico de Guaçuí fala sobre o acidente

“Estou bem, mas com muita dor no peito, no ombro direito, na cabeça do lado direito e senti muita dor no antebraço, insuportável”, relata.

Publicado em 17/03/2023 - 15:27    |    Última atualização: 17/03/2023 - 15:29
 

GUAÇUÍ (ES) – Depois de sofrer um acidente que pode ter mudado o rumo de sua vida, o jovem Matheus Ferreira, de 25 anos, falou sobre o acidente que o fez perder a mão direita. O fato aconteceu na tarde de quarta-feira (15), na Unidade Frigorífica de Guaçuí. Ele perdeu a mão quando trabalhava em um dos setores da unidade e, agora, não sabe como vai ser seu futuro.

Casado e pai de filhos de um primeiro casamento que moram em Minas Gerais, Matheus trabalhava na Unidade Frigorífica há três meses. Ele está internado na Santa Casa de Guaçuí, depois de passar por uma cirurgia. Afirma que está passando bem e recebendo um ótimo atendimento médico. “Estou bem, mas com muita dor no peito, no ombro direito, na cabeça do lado direito e senti muita dor no antebraço, insuportável”, relata. “E os médicos fizeram um excelente trabalho, desde a hora que cheguei, me atendendo em tudo que estou precisando”, acrescenta.

Sobre o acidente em que perdeu a mão direita, Matheus conta que Deus o ajudou a não ter acontecido o pior, porque acha que podia ter morrido. Ele, inclusive, relata ter falado para sua esposa, antes de entrar para trabalhar, que estava com um pressentimento ruim. “Mas entrei e a gente já tinha matado 15 bois, quando fui puxar o couro, a máquina ligou sozinha e minha mão foi junto, por dentro da argola da corrente”, narra. “Quando vi, meu corpo já tinha virado e minha cabeça estava quase passando por baixo do rolo, e os meninos (colegas de trabalho) não estavam conseguindo desligar, mas a máquina desligou”, relata, revivendo os momentos de desespero que passou junto com seus colegas de trabalho.

Matheus percebeu que perdeu a mão na hora do acidente

Contudo, no mesmo momento do acidente, Matheus percebeu que sua mão tinha sido arrancada e estava perdendo muito sangue. “Dois colegas amarraram uma camisa para estancar o sangue, me levaram para a cantina, colocaram gelo no braço para adormecer, até chegar a ambulância”, conta. “Se a máquina não desliga, eu teria morrido. Estou todo dolorido”, completa.

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Agora, Matheus Ferreira não sabe como vai ser sua vida, daqui para frente, aos 25 anos de idade, “porque sem a mão é complicado”. Ele conta que um encarregado da unidade frigorífica esteve no hospital, para falar sobre os documentos necessários que são usados na entrada no processo junto à previdência social. E também está recebendo a orientação de uma advogada, para tratar de outros trâmites legais e judiciais que envolvem o caso.

Sobre sua recuperação, ele fala que os médicos disseram que precisará ficar internado até segunda-feira (20). “Depois, vou ter que ser acompanhado aqui no hospital”, diz, lembrando que os médicos confirmaram que sua mão não tinha como ser recuperada. “Tive até que assinar um documento para que ela seja descartada, enterrada, o fim que seja preciso dar”, lamenta, repetindo que não tem ideia de como vai ser daqui para frente.

Do Aqui Notícias.


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