Escola estadual de Espera Feliz realiza projeto sobre o fenômeno dos Cafés Especiais da Serra do Caparaó

Dentre outras atividades, foi realizado um concurso de redação sobre o tema.

Publicado em 12/11/2017 - 19:36    |    Última atualização: 12/11/2017 - 19:36
 

A E. E. Interventor Júlio de Carvalho realizou no mês de outubro um projeto com alunos do Ensino Médio sobre a importância dos cafés especiais produzidos na Serra do Caparaó. O trabalho, que recebeu o nome de “Projeto Café do Caparaó”, teve duração de duas semanas e englobou quatro disciplinas distintas: História, Geografia, Química e Língua Portuguesa. Tendo como objetivo a conscientização coletiva a respeito da importância dos cafés especiais que vêm sendo produzidos na região, os professores envolvidos trabalharam temas relacionados às suas respectivas disciplinas, tais como relevo, altitude, clima, história local, propriedades químicas da bebida e do solo e a crescente visibilidade que a região vem tendo através dos grandes meios de comunicação de todo o país.

“A ideia é formar a consciência nos cidadãos a respeito do potencial que nossa região tem devido a este fenômeno dos cafés especiais, juntamente com o turismo que a isto se agrega, e sobre os impactos positivos – diretos e indiretos – que este potencial pode acarretar para toda a população”, esclarece um dos professores envolvidos. Além dos trabalhos realizados em sala de aula, o projeto contou com uma palestra ministrada pelo barista Fred Ayres, d’A Cafeteria do Sítio Santa Rita, Paraíso, na qual se abordou formas de cultivo, mercado, valores e o turismo proveniente dos cafés especiais. Ao final, a escola realizou uma excursão com os alunos participantes do projeto ao Sítio Pedra Menina, na Forquilha do Rio, já premiado em vários concursos de qualidade, onde puderam conversar com os proprietários, conhecer as lavouras e entender um pouco mais sobre todo o processo e, claro, saborear o café especial da Cafeteria Onofre, administrada pela própria família que cuida da roça.

A partir deste trabalho, além de conhecerem um pouco mais sobre o assunto e entenderem a importância da nossa região para o café nacional, os alunos participaram de um concurso de redação com o tema “o fenômeno dos cafés especiais para o desenvolvimento da região da Serra do Caparaó”, o qual teve como vencedora a aluna Anna Belly Martins Soares Las Cazas. O Portal Espera Feliz reproduz o texto premiado abaixo.

A realidade sobre os “cafés especiais” da Serra do Caparaó

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O cultivo de café no Brasil começou no início do século XVIII quando os primeiros grãos chegaram aqui. Desde então foi se espalhando por todo o território até que no século XIX passou a ser considerado o principal produto da economia brasileira. Dois séculos depois, o cultivo dos cafés especiais tem transformado a vida de muitas famílias e de toda a região da Serra do Caparaó, gerando oportunidade de emprego e fortalecimento do turismo local.

Durante todo o ano os produtores trabalham nas lavouras e a colheita é feita por um período de 6 meses. Este tipo de café depende de muito cuidados. Os grãos são colhidos à medida em que vão amadurecendo, depois são secados em plataformas suspensas para se evitar o contato direto com o solo. Diante de tanto cuidado para se obter os melhores resultados, muitos empregados são contratados, aumentando a oferta de trabalho na região. A altitude em que a Serra do Caparaó se encontra também contribui muito na qualidade final do café.

Em virtude dos prêmios que algumas famílias receberam pela qualidade dos cafés especiais produzidos na Serra do Caparaó, muitas cafeterias foram abertas devido ao aumento do turismo, o que faz com que toda a beleza da região seja conhecida por inúmeras pessoas de todo o Brasil e até mesmo do exterior.

Portanto, sabe-se que os pequenos produtores têm muitas dificuldades para a manutenção da qualidade de seus produtos, pois a mão de obra necessita de ser especializada. Por isso, os governos dos municípios onde se localizam as terras produtivas dos cafés especiais na Serra do Caparaó devem criar mecanismos de apoio para facilitar a divulgação desse produto, dando incentivo através de técnicos agrícolas para capacitar a mão de obra necessária. Assim, mais produtores irão cultivar os cafés especiais e, como consequência, o desenvolvimento regional aumentará.
(Por Anna Belly Martins Soares Las Cazas – 1º ano do Ensino Médio/Turma A)


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