DORES DO RIO PRETO (ES) – Chegou ao fim, e com reviravolta, o julgamento do casal Adeildo Souza da Silva e Luane Monique de Moura Silva, acusados de homicídio qualificado e tortura do filho Arthur Moura da Silva, de 5 anos, no município de Dores do Rio Preto, em 2018.
Dois anos e meio após serem detidos, o casal foi a júri popular e, por unanimidade, foram absolvidos do crime. Os dois ficaram presos pelo período de dois anos e seis meses, até o julgamento do júri.
Na ocasião, a morte do menino Arthur teve ampla repercussão na região. O pai da criança chegou a confessar que havia agredido o filho. Contudo, a tese da defesa desde a apresentação do exame cadavérico e dos exames complementares foi de inexistência de crime de homicídio e de tortura, pois neste laudo fora constatado que não houve lesão por agressão, sendo que os hematomas vistos na criança eram subcutâneas devido à plaquetopenia, ou seja, queda de plaquetas que estavam muito baixas devido a uma infecção grave (meningite purulenta), sendo o óbito por morte natural, inexistindo tortura e agressões, ou seja, decorrente de doença patológica.
“Os pais sequer puderam sepultar o filho. Enfim, com as bênçãos de Deus e a proteção de São Miguel Arcanjo os jurados sorteados e todos os envolvidos realizaram a verdadeira justiça”, declaram os advogados de defesa, André Chambella Silva Lopes e Roberto Figueiredo Boechat, ao jornal FATO.
O promotor de Justiça, Ailton Barbosa do Canto, também celebrou o desfecho do julgamento. “Foi um momento inesquecível. Eis que a justiça foi, verdadeiramente, feita naquela oportunidade”.
Por Danielle Muruci, do Jornal O FATO.