Amigos leitores, fraternal abraço!
Após uma semana de atividade doutrinária na Grande BH, estou de volta à nossa querida Espera Feliz para prosseguir com minhas atividades profissionais e doutrinárias. Um grande abraço aos amigos de Belo Horizonte, Santa Luzia, Betim e Sete Lagoas que me acolheram com profundo carinho e legítima fraternidade. Meus sinceros agradecimentos ao amigo Izoldino Resende, meu editor, e demais servidores da Editora Chico Xavier, a patrocinadora dessa viagem de divulgação espírita.
Hoje, responderemos a uma pergunta muito interessante da jovem Robyeli Amaral Souza. Indaga a querida leitora:
“Estamos no mundo de Provas e Expiações, caminhando para o mundo de Regeneração, por acaso esse momento interfere na conquista dessa “quietude mental”, abordada em seu artigo anterior?”
Excelente sua pergunta, minha querida! Allan Kardec, o lúcido codificador (organizador e não autor) do Espiritismo, classificou didaticamente os mundos em cinco categorias: mundos primitivos, mundos de provas e expiações, mundos regeneradores, mundos ditosos ou felizes e mundos divinos ou celestes. Como se percebe, estamos, no atual momento planetário, transitando da segunda para a terceira categoria. O que as religiões tradicionais e literalistas (que entendem as Escrituras ao pé da letra) denominam de “fim do mundo” – bastante esperado para este ano de 2012 -, a Doutrina Espírita chama de “transição planetária”, ou seja, estamos transitando de um ciclo de provas e expiações para uma nova etapa, a Era da Regeneração.
Definitivamente não é o fim do mundo, mas o “fim de um mundo”. O fim dos tempos ignóbeis da humanidade. Mas é claro que todo renascimento (regeneração) implica destruição, a morte do estágio anterior. E toda destruição ou morte é sempre dolorosa! Os Espíritos Superiores afirmaram a Allan Kardec que muitas vezes “é necessário que o mal chegue ao excesso para que se verifique a necessidade do bem e das reformas”.
Vejamos, é exatamente o que estamos presenciando atualmente no planeta. O mal chegou ao seu excesso! Corrupção em vários departamentos da sociedade, desestruturação da família, violência (guerras localizadas e pulverizadas), drogadição, sexolatria, etc., muitos são os desequilíbrios morais e comportamentais que caracterizam a humanidade nesse momento. Isso faz com que muitas pessoas e instituições responsáveis busquem dedicadamente compreender o que está acontecendo, em que ponto da história erramos, fomos omissos, indiferentes ou acomodados. E, com certeza, constataremos que erramos quando deixamos em segundo plano a proposta do Evangelho de Jesus.
Mas a dor é sempre essa pedagoga severa que nos tira de qualquer postura acomodatícia! Anjos são despertos com toques de harpas; pedras, com dinamite! Vivemos, então, esse momento conturbado de mudança, em que uma grande luta é travada no plano físico e nos planos espirituais entre o bem e o mal, entre a luz (os valores espirituais elevados) e as trevas (os valores do egoísmo e do materialismo). Aquele período que a Bíblia chama de Juízo Final, a “separação do joio do trigo”… E, é claro, que, em tempos morais tão difíceis, não conseguiremos facilmente alcançar a tão desejada “quietude mental”, acessando faixas espirituais mais harmônicas e felizes. Mas é justamente nessa hora que somos testados em nossas conquistas internas. São em momentos conturbados que o Senhor requisitará de nós (a figueira) os frutos (do bem), mesmo não sendo tempo de figos; ou seja, nos momentos mais difíceis que somos testados em nossas aquisições morais e espirituais profundas!
Que o Mestre nos ajude a pacificar a mente e a acalmar o coração, em meio a tanta perturbação individual e coletiva, para que, os homens, observando as “boas obras”, glorifiquem o Pai Celestial!
Muito obrigado, Robyeli, pela significativa participação na Coluna Vida e Consciência! Um grande abraço e votos de paz!
Rossano Sobrinho é educador, psicopedagogo, conferencista e escritor espírita. Autor de 13 livros publicados por editoras de São Paulo e Minas Gerais.
Contato: rossanosobrinho@yahoo.com.br