Vida e obra da professora Maria do Carmo

Professora e prestadora de serviços voluntários, Maria do Carmo, nascida de uma família de educadores, dedicou a vida para a melhoria da cidade de Espera Feliz.

Publicado em 10/09/2018 - 14:03    |    Última atualização: 10/09/2018 - 15:27
 

Toda cidade possui personagens que são fundamentais para a formação de sua história, seja no aspecto político, social, econômico ou cultural. No caso de Espera Feliz, Maria do Carmo Rocha Rezende, professora falecida em abril de 2017, foi um exemplo deste perfil de pessoa atuante na sociedade e preocupada com os problemas locais.

Desde cedo, enfrentando com coragem as adversidades da vida, Maria do Carmo iniciou sua carreira dando aulas particulares e lecionando nas escolas de educação básica do município. “Ela dedicou a vida inteira ao ofício de professora, pois via na educação o melhor meio de transformar o mundo”, explica Dona Eliza, professora aposentada e irmã de Maria do Carmo.

Um fato de sua vida que vale destacar é sua atuação como Diretora. Ainda muito jovem, aos dezessete anos de idade Maria do Carmo foi diretora escolar pela primeira vez. No início dos anos de 1960 ela esteve à frente da gestão da E.E. Interventor Júlio de Carvalho, onde deixou sua marca de profissionalismo. “Maria do Carmo, além de priorizar a qualidade de ensino nas escolas onde atuou, também era muito dedicada aos interesses dos profissionais de educação, lutando pelos direitos dos professores e por melhores condições de trabalho”, explica Maria José Grillo, professora, colega de trabalho e sua amiga pessoal.

Além de alfabetizadora, Maria do Carmo também atuou no Ensino Fundamental e Ensino Médio durante muitos anos. Tendo estudado no curso Normal (popularmente conhecido como “Magistério”) na antiga escola Carangolense, ela também possuía três formações superiores: Matemática, Geografia (ambos pela Faculdade de Caratinga) e Pedagogia (pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola – Fafile). Foi quando cursou Pedagogia que Maria do Carmo ajudou na fundação do Diretório Acadêmico da Fafile. “Minha irmã sempre foi muito influente por todos os lugares onde passou”, define Dona Elisa.

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Nos anos de 1970 e 1980 chegou a lecionar várias disciplinas no antigo CNEG (Campanha Nacional de Escolas Gratuitas), como Ensino Religioso, Didática Geral, Geografia e Matemática. Por volta desse período, ela também chegou a ser diretora da pré-escola Padre Antônio Filizola. “A ‘DuCarmo’ passou por todas as áreas da educação, por isso era uma profissional que conhecia muito bem a importância do seu papel como educadora”, esclarece Maria José. Aposentou-se depois de trabalhar por muitos anos na E. E. Altivo Leopoldino de Souza.

Uma vida voluntária

Maria do Carmo também marcou sua existência na sociedade de Espera Feliz se dedicando a trabalhos voluntários. Com sua experiência e boa vontade, contribuiu prestando serviços a diversos setores da Prefeitura Municipal, como a Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Administração e a Emater. Também auxiliou vários prefeitos e durante muitos anos coordenou o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural. Ela era também uma defensora do patrimônio público, ajudando na fiscalização e manutenção das praças e jardins.

Sempre atuante no cenário social, Maria do Carmo também foi Conselheira Tutelar, desempenhando o papel de agente defensora do direito das crianças e adolescentes numa proposta de garantir o bem-estar delas. “Ela era apaixonada por Espera Feliz e não media esforços para ver a cidade organizada”, acrescenta sua irmã Dona Eliza. Sua preocupação estendia até mesmo aos animais abandonados, protegendo os cachorros que vagavam na cidade à noite e os alimentando. Essas características de sua personalidade a acompanharam por toda a vida.

Uma família de educadores

Maria do Carmo era a irmã mais velha de uma família de educadores. Filha de Amenaide Rocha Vasconcelos – a já falecida Dona Dadá – herdou da mãe sua disponibilidade para ajudar os outros. Dona Dadá, que foi zeladora de escola durante a vida, também era uma pessoa muito prestativa na sociedade de Espera Feliz, tanto que a praça da Rua Roque Ferreira de Castro recebeu seu nome como homenagem.

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Além de Maria do Carmo, seus outros três irmãos, Herculano, Elisa e Gracinha (esta última já falecida) também eram professores e deram sua parcela de contribuição para o crescimento da cidade de Espera Feliz.

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Reportagem do projeto “Interventor Repórter”.
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Parceria: E.E. Interventor Júlio de Carvalho e Portal Espera Feliz.

Texto: Natanael Martins Matos, 15 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio.

Professor Orientador: Farley Rocha


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