Segunda tem de novo: Cafeicultores já preparam nova manifestação

MANHUAÇU (MG) – A manifestação dos cafeicultores da região das Matas de Minas terminou na tarde desta segunda-feira, 01/07, no Centro de Manhuaçu. O ato foi pacífico e manteve as rodovias BR-262 e 116, no distrito de Realeza, fechadas durante seis horas. Nova mobilização está marcada para a próxima semana com promessa de que a pista […]

Publicado em 01/07/2013 - 19:47    |    Última atualização: 01/07/2013 - 19:47
 

MANHUAÇU (MG) – A manifestação dos cafeicultores da região das Matas de Minas terminou na tarde desta segunda-feira, 01/07, no Centro de Manhuaçu. O ato foi pacífico e manteve as rodovias BR-262 e 116, no distrito de Realeza, fechadas durante seis horas. Nova mobilização está marcada para a próxima semana com promessa de que a pista não será reaberta até a presença de representantes do governo.

O presidente da Associação de Agricultura Familiar do Leste de Minas Gerais, Admar Soares, fala que os cafeicultores estão pagando para trabalhar. “Em 1994, uma saca de café nosso tinha o mesmo valor do salário mínimo, mas hoje é comercializada a menos de R$ 260,00, porém os custos são maiores que este valor. Os agricultores familiares estão enfrentando muitas dificuldades”, afirma.

Produtores reclamaram que o preço está levando os cafeicultores a trabalhar no prejuízo numa situação que comparam a escravidão para o mercado.

O presidente do Sindicato Rural de Manhuaçu, Lino da Costa e Silva, conta que os produtores estão trabalhando muito para ter prejuízo, vendendo café a R$ 250,00, para pagar a colheita.
Outra reivindicação do setor é justamente a prorrogação dos prazos para pagamento do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Eles querem isenção do pagamento pelos próximos dois anos.

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Lideranças do segmento político de cidades da região estiveram presentes no movimento. Para o presidente da Câmara de Manhuaçu, Maurício Júnior, é importante reivindicar uma remuneração mais justa para o cafeicultor. “O custo de produção está inviabilizando o negócio com os preços que as sacas de café estão sendo vendidas. O governo federal precisa reconhecer o valor da cafeicultura”, argumenta.

A manifestação em Realeza teve efeitos na rodovia com longas filas de veículos parados durante o período de 9 às 15 horas. Na cidade de Manhuaçu, um grande esquema policial foi montado para deixar as ruas do centro liberadas. O reflexo foi sentido no comércio. Muitos lojistas ficaram temerosos e chegaram a fechar as portas.

Quando o grupo chegou a Manhuaçu numa carreata por volta de 16 horas. A mobilização já estava menor. Não houve um registro de tumulto.

O movimento foi encerrado com novo ato em frente a praça central de Manhuaçu. Os dirigentes Lino da Costa e Silva, Hélio Emerick, Admar Soares e Flávio Bahia deram declarações e convocaram para outro ato na segunda-feira, dia 08. “Não iremos reabrir o trevo enquanto não tivermos a presença de representantes do governo e uma proposta de verdade para o setor”, avisaram.

Eduardo Satil / Carlos Henrique Cruz / Jailton Pereira

 


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