Prefeito e vereadores se reúnem com ONGs para debater o “Canil da Morte”, em Manhuaçu

Em rápida análise, representantes das entidades pediram harmonia entre os dois poderes para solução dos problemas.

Publicado em 27/02/2014 - 08:50    |    Última atualização: 27/02/2014 - 08:52
 

O prefeito de Manhuaçu, Nailton Heringer, se reuniu com representantes de duas entidades defensoras dos animais, na quarta-feira da semana anterior (19). No dia seguinte, os ativistas estiveram na Câmara e se reuniram com alguns vereadores. O objetivo foi tratar de ações efetivas quanto a melhorias no Canil Municipal, que ficou conhecido como “Canil da Morte” após inúmeras denúncias de populares nas redes sociais.

Leia a matéria sobre o “canil da morte” aqui.

As reuniões foram motivadas depois de publicações recentes feitas nas redes sociais. Nelas, ativistas denunciaram o estado em que se encontrava o Canil Municipal. Além disso, pessoas voluntárias e defensores dos animais começaram  a fazer várias denúncias de que carcaças de cães estavam espalhadas pelo lixão, ligando a ação a matança dos animais.

Representantes da ONG em reunião no gabinete do prefeito Nailton Heringer

Representantes das ONGs em reunião no gabinete do prefeito Nailton Heringer

O assunto chamou a atenção da ONG  “Cão Sem Dono” (São Paulo) e do Movimento Parlamentar  Mineiro em Defesa  dos Animais (Pouso  Alegre). Nesta quarta, o coordenador da ONG, Vicente Define e o vereador do Movimento  Parlamentar, Hélio Carlos de Oliveira, que lutam para protegerem os animais em risco, foram recebidos pelo prefeito e secretários municipais para entenderem a situação do canil.

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Nailton foi enfático ao dizer de sua preocupação quanto aos comentários surgidos e a algumas inverdades ditas nas redes sociais. De acordo com o chefe do Executivo, a partir do momento em que os comentários começaram  a surgir, imediatamente buscou informações no Setor de Vigilância Ambiental. Deste órgão, Nailton foi informado de que não houve matança de animais por parte da Prefeitura, muito menos de que eram os responsáveis pelos despejos de ossadas no lixão.

“Determinei que seja feito um estudo para que possamos adotar as medidas necessárias à adequação do Canil aos padrões exigidos por lei. Mais uma vez, reitero que não houve nenhuma matança de animais naquele local”, disse Nailton Heringer.

AUDIÊNCIA NA CÂMARA

Hélio Carlos de Oliveira e Vicente Define também participaram de audiência com os vereadores no dia seguinte. Além da edilidade, participaram do encontro o diretor do SAMAL, Wellen Mendonça; secretário de Obras, João Amâncio; coordenadora da Vigilância Ambiental, Emilce Estanislau; e defensores das causas animais em Manhuaçu.

Na Câmara representantes das ONGs pediram harmonia entre Executivo e Legislativo

Na Câmara representantes das ONGs pediram harmonia entre Executivo e Legislativo

Durante o encontro, autoridades demonstraram preocupação com a situação atual do Canil Municipal e buscaram soluções efetivas. O diretor do SAMAL, Wellen relatou que diariamente recebe várias ligações para recolher animais atropelados ou mortos nas casas  e em pet shops. “Lá eles ficam a céu aberto e só depois são enterrados. Acreditamos que seria importante se os protetores dos animais pudessem abraçar a causa. Quem sabe ajudando na limpeza do canil e até mesmo tratando dos animais”, sugeriu Wellen.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Emilce Estanislau, responsável pelo canil, disse que pela primeira vez teve a oportunidade de sentar à mesa com pessoas preocupadas com a causa,  a fim de explicar como é todo o procedimento até decidir se o animal será ou não submetido à eutanásia. Segundo ela, isso só é feito após a expedição de um laudo médico.

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“Toda vez que se estabelece um diálogo, há resultados positivos. Isso já deveria ter acontecido há algum tempo. Muitas  pessoas falam sem apurar devidamente os fatos para saberem se há fundamento ou não. O compromisso positivo e concreto para discutir onde está  a distorção das coisas e buscar melhorias”, disse Emilce Estanislau.

De forma categórica, Emilce Estanislau garante que nunca houve matança de animais no canil. “De forma leviana, algumas pessoas foram compartilhando uma informação infundada”, completou.

ONG E MOVIMENTO

O representante da ONG “Cão Sem Dono”, Vicente Define e Hélio Carlos de Oliveira, do  Movimento Parlamentar Mineiro em Defesa  dos Animais ficaram satisfeitos com a explicação dada pela coordenadora da Vigilância Ambiental, bem como pelo Executivo que demonstrou vontade para resolver o problema.

“Nós levamos daqui uma boa impressão. Até mesmo com uma ideia diferente do que vimos nas redes sociais. Todos estão empenhados com a causa. Isso é extremamente relevante. Os poderes devem trabalhar de forma harmoniosa”, afirma Vicente Define.


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