A esperança de encontrar vivos os cinco jovens deu lugar ao desespero para as famílias dos universitários, na noite desta terça-feira, 24. Pais e mães, que desde a sexta-feira – dia do desaparecimento – se revezavam na busca incansável por boas notícias, tiveram que enfrentar a certeza cruel, depois de dias de boatos e especulações: eles não iriam voltar para casa.
A estudante Amanda tinha 22 anos e estava cursando o 7º período de Ciências Biológicas, também no Campus da Ufes de São Mateus. A jovem, como Rosaflor, também não tinha namorado e era vizinha de apartamento de Izadora e Marllon, que eram os seus amigos mais próximos.
Amanda nasceu em Manhuaçu, era filha do empresário Paulo Oliveira (Tinauto Gases) e de Conceição (Fantasia & Cia). Uma de suas citações favoritas, divulgadas em sua página em uma rede social era: “Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que insisto em dizer brincando. Falei muitas vezes como palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria”. Charlie Chaplin.
Nas redes sociais, dezenas de manifestações de sentimentos pela dor da família e pela perda da jovem Amanda. Quem conheceu, não economizou elogios ao comportamento e carinho da estudante natural de Manhuaçu.
As famílias de Rosaflor Oliveira, Izadora Ribeiro, Amanda Oliveira, Marllonn Amaral e André Galão estavam reunidas na Delegacia de São Mateus quando o delegado Janderson Lube confirmou que os corpos haviam sido encontrados, por volta das 20h.
No local, dezenas de amigos dos universitários, jovens estudantes como eles, ajudaram a confortar os familiares. As mães mal conseguiam falar; algumas gritavam, e foi preciso que os policiais os amparassem para que conseguissem chegar aos carros.
A cena abalou até quem está acostumado a lidar com tragédias, comovendo os policiais. Estudantes e amigos concentraram-se na praça próxima à delegacia e ali passaram parte da noite, à espera de notícias.
Carlos Henrique Cruz – Com informações de Patrick Camporez – Jornal A Gazeta