As eleições de 2012, em Minas Gerais, vão ficar marcadas pela grande mudança que vai ocorrer nas gestões públicas municipais. Dos 853 municípios mineiros, cerca de 620 cidades devem ter novos prefeitos em janeiro de 2013. Essa alteração representa uma mudança de, aproximadamente, 70% dos prefeitos mineiros.
A troca dos gestores mineiros pode ser ligada a diversos fatores, dos quais podemos destacar os atuais prefeitos que estão em segundo mandato e não poderão se reeleger. Esses representam, conforme estudos da Associação Mineira de Municípios – AMM, 46% dos atuais prefeitos ou 392 cidades de Minas.
Assim, dos 853 prefeitos mineiros, apenas 461 podem disputar a reeleição. Mas, 103 desses gestores optaram por não disputar a reeleição, o que aumenta o número de novos prefeitos para 495, uma mudança significativa nas gestões municipais do estado, representando 58% das cidades mineiras.
Desta forma, apenas 358 cidades terão candidatos disputando a reeleição. Considerando a média das últimas eleições, Minas Gerais pode ter até 233 prefeitos reeleitos neste ano, o que representa menos de 27% dos atuais gestores públicos municipais do estado. Esses números comprovam uma significativa renovação do quadro atual de prefeitos em Minas.
Diante do cenário que se desenha, a AMM – Associação Mineira dos Municípios estima que entre 585 a 620 novos gestores estejam à frente dos municípios no estado. O que significa uma mudança de, aproximadamente, 70% dos atuais prefeitos.
Essa alteração no quadro de prefeitos de Minas Gerais vai significar novas oportunidades e, acima de tudo, muitos desafios aos novos gestores, que vão encontrar um cenário de muitas demandas e obrigações nos municípios. O certo é que a renovação ocorrerá, seja pela impossibilidade de reeleição do atual prefeito, seja pela vontade da população nas urnas.
Eleições mais tranquilas
Uma curiosidade das eleições 2012 está ligada à tranquilidade desse pleito. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais – MPMG, essa é a eleição com menor número de denúncias e ocorrências de candidatos. Para se ter uma ideia, no período de janeiro a setembro deste ano, houve apenas 664 denúncias relativas a irregularidades nas campanhas.
Segundo o coordenador da instituição, promotor de justiça, Edson Resende, esse novo cenário tem diversas razões. “Nós temos uma somatória de elementos. Acho que nós estamos evoluindo e isso era esperado na prática democrática. Na medida em que vamos realizando eleições, nós vamos aprendendo e os próprios candidatos também vão observando que a prática de ilícitos nem sempre compensa. Temos históricos de punições de eleições anteriores que certamente vão desestimular a prática desse acirramento, além da presença de nossas instituições. O Ministério Público tem comparecido de forma muito orientadora no processo eleitoral, com campanhas educativas que vão ajudando nessa evolução positiva”, ressalta.
Com informações da Associação Mineira de Municípios