As cachaças Tatuapé e Espera Feliz, produzidas na zona rural da cidade de Espera Feliz, de propriedade da família Rosemberg, foram certificadas pelo Governo de Minas por meio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que atesta a qualidade do produto.
Recebem este certificado cachaças que são fabricadas artesanalmente, com fermento natural e destiladas em alambique de cobre. Para obter a certificação é necessário, primeiramente, aderir ao projeto junto ao IMA e optar pelo sistema produtivo da cana (orgânico, sem agrotóxico ou convencional). Mas as cachaçarias só são certificadas se o processo de produção utilizado atender aos procedimentos de boas práticas, adequação social e responsabilidade ambiental.
O alambiqueiro das cachaças Espera Feliz e Tatuapé, José Geraldo Costa Santos, destaca que a certificação foi buscada para agregar valor ao produto. “Buscamos a certificação para estar dentro dos padrões, com tudo certinho. O processo já estava bem adequado, mas ainda foram necessárias algumas alterações que, colocadas em prática, nos permitiram receber o selo do IMA”, relata. As cachaças são fabricadas de forma convencional na cidade de Espera Feliz e têm produção média entre 15 mil e 20 mil litros ao ano.
Para o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o programa de certificação da cachaça traz vantagens para produtores, exportadores e consumidores. “A certificação é uma maneira de atestar a qualidade e agregar valor ao produto, tão popular em Minas, mas que ganha novos mercados através do programa de certificação. O que gera também, maior competitividade dos produtores, garante a qualidade da bebida e propicia melhores opções aos consumidores finais”, destaca.
Segundo o proprietário das cachaças Tatuapé e Espera Feliz, Rosemberg Fernandes, o embrião nasceu em 1930 pela motivação de sua família que possuía um grande e único alambique na região da Caparaó /MG, do qual produzia cachaça sem rótulo denominada “Morro Seco”, que sobreviveu até os anos 60.
Com seu regresso de São Paulo para o interior nos anos 80, Rosemberg diz que seu real desejo era produzir uma cachaça de qualidade e registrada. Enquanto se esperava pelo registro, ia-se produzindo pequenas quantidades que eram armazenadas em tonéis de carvalho.
“Em 1999, construí um alambique no município de Espera Feliz – MG, cidade que tem altitude de 750 metros; altitude essa que era por mim desejado. Iniciei o plantio de cana de qualidade que foram adquiridas de Viçosa – MG. Juntamente com minha família, me aperfeiçoei com estudos e cursos de mestre alambiqueiro e sensorial. A partir de 2010, com a expansão do alambique comecei a vender para todo o Brasil e para algumas cidades do exterior. Quanto aos nomes da Cachaça, o nome Tatuapé veio do bairro onde morava em São Paulo e o nome de Espera Feliz é uma homenagem a cidade que moro e onde tenho o Alambique”, conta Rosemberg.
Por Paulo Faria.