DORES DO RIO PRETO (ES) – A agressão da mãe de um aluno a uma professora, provocou o repúdio e indignação dos profissionais da educação da Escola Estadual Pedro Alcântara de Galvêas, em Dores do Rio Preto, na região do Caparaó Capixaba. Eles divulgaram uma nota colocando que os profissionais vivem em situação de vulnerabilidade e falta de segurança no ambiente escolar.
A agressão, conforme conta a professora (que prefere não se identificar), aconteceu na última terça-feira (21), quando a mãe de um aluno matriculado na escola chegou exaltada e nervosa à unidade de ensino. Assim que chegou, segundo relata, a mulher a ofendeu e a agrediu fisicamente, na frente de outros colegas de trabalho que são testemunhas do fato.
Ela conta que a agressão lhe deixou arranhões nos braços, além de abalada psicologicamente. Depois da agressão, a professora abriu um boletim de ocorrência e esteve na Delegacia de Polícia Civil de Guaçuí, no dia seguinte, onde a médica legista fez o exame para a confecção de um laudo. “Fiz um BAU (Boletim de Atendimento de Urgência) e vou abrir um processo contra essa mãe”, afirma, a professora.
Além da agressão, profissionais têm vivido outras situações.
Ela também conta que recebeu todo apoio da direção da escola e de seus colegas de trabalho que se encontram indignados com o ocorrido. Por isso, a nota dos professores acentua o problema da falta de segurança no ambiente de trabalho, contando que, inclusive, já houve outro caso semelhante. Um pai entrou na escola e ofendeu verbalmente um professor que havia dito a esse pai que ele não poderia estar ali, pois o mesmo entrou sem autorização na instituição de ensino.
Os professores querem que atitudes sejam tomadas diante das repetidas “situações de desacato, injúria, difamação, agressão verbal e física” na escola, não só por parte de pais, mas também de alunos. E pedem segurança preventiva que iniba esse tipo de situação.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria do Estado de Educação (Sedu) que retornou com uma resposta da Superintendência Regional de Educação de Guaçuí, da qual faz parte o município de Dores do Rio Preto. A Superintendência esclarece que está acompanhando o caso, o qual está sendo apurado pelas autoridades competentes. Além disso, conforme prevê o Regimento Escolar, a família do aluno foi acionada para uma conversa.
MÃE DIZ QUE FILHO SOFRIA BULLYING
Em contato com o Portal Espera Feliz, a mãe acusada de agressões contou que a confusão teve início porque seu filho, de 11 anos, estava sendo vítima de bullying por parte da professora, que estaria o chamando de “viadinho”.
Ela teria ido várias vezes na escola denunciar o bullying e tentar resolver a situação, mas sem sucesso, até que nesta última terça-feira ocorreu o atrito com a docente. A mãe, contudo, nega que tenha agredido a professora. Segunda ela, num momento de maior exaltação teria segurado o braço da mulher e sua unha teria a arranhado.
Do Aqui Notícias.