Este é um artigo ou crônica pessoal de Paulo Faria.
Não se trata de uma reportagem ou opinião do Portal Espera Feliz.
A julgar pelo que se diz sobre o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, como sugeri no título, a coisa vai desse nível pra baixo. Na verdade, no que se diz sobre qualquer candidato atualmente, pois o brasileiro perdeu completamente a noção e o bom senso. A polarização chegou a tal ponto que ninguém discute ideias com argumentos, com sensatez: a coisa virou briga de torcida. O que importa é se o “meu” candidato a presidente é melhor que o “seu”; e se “ele” vai ganhar. O grau de irracionalidade chegou a níveis de psicopatia.
Em conversa com o editor do PORTAL ESPERA FELIZ, esclareci que não escreveria nada a respeito do candidato Jair Bolsonaro pelo simples fato de não querer falar sobre ele; e que num eventual segundo turno, este que vos escreve será seu eleitor, por isso, não acharia cômodo ou de bom tom explanar quaisquer opiniões aqui sobre o candidato. E serei seu eleitor por diversos motivos das quais não preciso me justificar, pois essa falsa democracia em que vivo me dá o direito de votar em quem eu quiser sem dar explicações a terceiros.
Em outubro, na cédula, teremos candidatos pra todos os desgostos: de um terrorista (Boulos) a um admirador de torturadores sanguinários (Bolsonaro). Assim sendo, se essa nossa democracia doente nos oferece isso, é natural que qualquer um de nós opte por algum, sem ter que dar elucidações a quem quer que seja. Mas pra quem acha que este escriba ainda deve algum esclarecimento, vamos lá: meu voto em Bolsonaro num eventual segundo turno se dá não por achá-lo um primor de candidato, mas pelo fato, no meu entendimento, de ser o único no momento disposto a romper com o status quo da política brasileira. E isso me basta.
Agora vamos ao ponto que quero chegar. No dia 04 de agosto último, um professor de Biologia, possível admirador de Bolsonaro, espancou e matou a esposa advogada de forma truculenta. A monstruosidade do ato vocês podem conferir em vídeos que circulam por aí na internet.
Pronto. Como o assassino é um possível entusiasta do candidato do PSL, nas redes não faltou quem associou o crime à simpatia do professor pelo Bolsonaro. Mais: em vários posts espalhados pelo Facebook, muitos creditam que eleitores do Bolsonaro são gente dessa extirpe: potenciais assassinos, misóginos, torturadores, homofóbicos… e por aí vai.
O grau de loucura dessa gente beira a insanidade, e como estou falando por mim e não me considero um psicopata assassino (pelo menos os psiquiatras que já frequentei já me disseram isso –, talvez só a cara; mas acho que fica só nisso).
Portanto, baseado na concepção destes malucos de que um assassino é um assassino porque apoia Jair Bolsonaro, sigo fazendo as seguintes considerações:
Definitivamente, o Brasil não tem salvação.
Por Paulo Faria.
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Paulo Faria é um amante do cinema de horror e rock ‘n’ roll. É professor por formação, humorista por conveniência e escritor por aspiração.